A expansão dos EUA no século XIX

A expansão dos EUA no século XIX, mais conhecida como Marcha para o Oeste, foi caracterizada pela intensa busca por territórios ocidentais no país. Muitos foram os fatores que levaram os colonos a realizá-la. Entre eles, podemos citar:

• Os EUA possuíam um gradativo crescimento econômico (graças às indústrias têxteis, automobilísticas e de fiação), o que fez com que muitos imigrantes fossem para o país em busca de boas oportunidades no trabalho e de melhores terras para plantar e viver;

• Fora descoberto ouro na Califórnia, fazendo com que grande parte da população fosse em busca das jazidas a oeste do país;

• Havia grande crença no Destino Manifesto, ideia na qual os colonos estadunidenses haviam sido escolhidos por Deus para realizarem a missão de descobrir novas regiões;

• Foi criada a Homestead Act (Lei do Povoamento), pela qual o governo cedia territórios ocidentais aos estadunidenses que prometessem cultivá-los por uma pequena quantia de dinheiro - 10 dólares;

• Compras e anexações de determinadas áreas da América do Norte - como a Flórida (anexada da Espanha) e a Louisiana (comprada da França).

Como consequência, a expansão prejudicou muito as tribos indígenas do oeste do país, pois, a cada novo território descoberto, novas tribos eram expulsas e novos povos nativos eram forçados a saírem de seu local de origem.

As diferenças entre o Norte e o Sul

Por volta de 1850, as diferenças sociais e econômicas entre o Norte e o Sul dos EUA se tornavam cada vez mais claras. Dessa forma, fazendeiros sulistas e empresários nortistas começaram a criar conflitantes interesses, sendo um dos principais conflitos a escravidão: enquanto os primeiros desejavam expandi-la, os seguintes desejavam aboli-la. Além da perspectiva sobre o trabalho escravo, havia muito mais diferenças entre as duas regiões. Entre elas, podemos citar:

• A classe social de cada elite: Norte - Burguesia / Sul - Latifundiários;

• A maneira como cada uma gerava riquezas: Norte - Indústrias / Sul - Exportações agrícolas;

• Os ideais políticos: Norte - Republicanos / Sul - Democratas;

• Os ideais econômicos: Norte - Defesa de taxas alfandegárias / Sul - Liberalismo.

Porém, o estopim para o começo da guerra civil ocorreu quando, em 1860, Abraham Lincoln - líder do partido republicano (o qual o Norte apoiava) - foi eleito presidente dos EUA. E então, inconformados com a situação, os estados do Sul uniram-se e formaram um país à parte: Os Estados Confederados da América, fazendo com que a guerra civil/ de secessão (separação) iniciasse.

A guerra em si

Com o início da guerra civil, os estados do Norte serviram de refúgio para os escravos do Sul, os quais fugiram da região a fim de apoiar a campanha abolicionista e de não serem sujeitos a lutar pelos estados que os maltratavam. Abraham Lincoln, diante daquela situação, promulgou a Lei de Emancipação dos Escravos em 1863, tornando-os livres e fazendo com que eles apoiassem o Norte em seu exército. Com a grande força dos soldados americanos e africanos, os nortistas conseguiram vencer os sulistas e fazer dos EUA um país sem escravidão.

Consequências da vitória nortista

Diante da vitória do Norte na guerra civil, muitos casos de discriminação contra homens negros ocorrem no mundo até hoje. Um exemplo é a Ku Klux Klan (KKK), uma associação racista que persegue e assassina pessoas negras. Atualmente, é conhecida mundialmente por seus atos de violência e intimidação.